01 março 2013

Libertadólatra

(Foto: Rubens Chiri)
Todo grande está acostumado a decisões. Mais exigente, o São Paulo é, por história ou DNA, viciado.

Ainda mais rigoroso, o Tricolor vê sua presença na Libertadores como obrigação. Tá, a Liberta também não vive sem ele. Dois anos sem o Morumbi foi muito para a competição, que sem aguentar a saudade por muito tempo, quis ser decidida bem pertinho dali nesse período.

A classificação do São Paulo para a Libertadores deveria ser automática, e o escudo da Conmebol permanente em sua camisa.

Há três anos, o Tricolor Paulista não era o mesmo. O verdadeiro São Paulo não é brasileiro, é sul-americano. Genérico ano passado, de raiz este ano.

Hoje, volta à sua aconchegante condição de temido na América . Pelos 2 anos longe, o que para muitos é normal mas para eles uma eternidade, o Tricolor sentiu os efeitos da ferrugem. Esqueceu que time pequeno na Libertadores se torna grande e que não basta jogá-la, é preciso vivê-la.

O SPFC tem time o suficiente para fazer 5 ou 6 nos fortinhos da Bolívia. E faria, se tivesse real noção do que se tratava o jogo.

Não fez. E isso não causa preocupação, nem é motivo para dirigente dar chilique ao vivo. O resultado pode ser uma decepção devido ao que se esperava, mas é bom para calejar.

Porque hoje, só hoje, não precisava ser bonito, assim como não foi. Bastava a vitória, com o Morumbi cheio e aquele clima de "eu voltei".

A estreia não foi contra o Galo, pois aquele não era o São Paulo.

Hoje era.

Assim, ele volta a se sentir bem, satisfazendo sua vontade, voltando a viver de seu vício incontrolável.

E enfim, a temporada 2013 começa para o Tricolor.

@_LeoLealC

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