08 novembro 2012

Fim

(Foto: Cezar Loureiro - O Globo)
Ele teve tudo que um "doente" precisa: segunda, terceira, quarta, milésima chance, acompanhamento psicológico, gente que confia no seu potencial. Tudo isso no seu clube de coração, perto da única torcida que ainda acreditava no novo/velho Adriano.

Desistiu mais uma vez, e não é um coitadinho por isso. Coitados são os que ainda acham que há saída para essa carreira, já jogada fora pelo craque.

Eu acreditava, confesso. Se quisesse, Adriano hoje seria o melhor atacante brasileiro em atividade, um dos melhores do mundo. Estaria liderando a seleção brasileira, que é ótima, mas carece de um líder mais experiente.

Não quer, não quis. Tinha faca e o queijo nas mãos, mas não usou. O "doente" não merece mais que sintam pena.

Sua doença psicológica é maior que a do alcoolismo. E nenhuma das duas ele procura tratar. Assim, não acha o futebol.

Ele não tem que parar de beber, dormir 10 da noite e usar boné no sereno. Ele precisa respeitar. Respeitar à instituição pra qual presta serviço, aos profissionais que lhe dão tudo que precisa e acima de tudo, a si próprio.

Não se respeitou e deu brecha pro jornalismo inútil. Deixou a imprensa fofoqueira se fazer em suas costas. É inútil, mais existe, e não adianta reclamar se não foge dos vendedores de revista.

E então sai do Flamengo dizendo que pretende voltar em 2013. Antes, poderia voltar na hora que quisesse, dominava o Fla. Agora, Zinho faz pelo menos sua parte e diminui a bagunça na Gávea. Não tem mais volta.

O Flamengo, o Brasil, todos querem o Imperador de novo, mas não há mais por que ainda acreditar.

Ele acredita, mas não quer.

Acabou!

Triste fim de uma carreira que poderia ser mais brilhante do que já foi.

Agora vai viver sua vida, que sem o futebol, é um perigo. A chance de curar a "doença" é menor.

Mas, sem a ligação com a bola, passa a ser menos vigiado. Tem a liberdade que tanto procura.

Fato é que não é de agora que Adriano não merece e nem precisa ser o principal assunto, seja falando bem ou falando mal.

Aliás, nem sei porque ainda escrevo sobre isso. Chega!

@_LeoLealC

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