17 maio 2012

Deixa eu jogar, professor!

Sim, técnicos são supervalorizados. Sim, o poder que lhes dão é absurdo, exagerado. Mas, às vezes, é compensado (dependendo do ponto de vista, é claro). Eles também ganham jogo. Da mesma forma que perdem, do mesmo jeito que podem atrapalhar o espetáculo.
(Foto: Lancenet)

Eu, você e qualquer um esperávamos algo melhor em Vasco x Corinthians, algo que realizasse as expectativas. O que se viu foram dois tempos distintos, onde os jogadores até que tentaram, mas os comandantes não deixaram.

No primeiro tempo, o Timão impôs parte de seu ritmo. Porém, as jogadas não variavam, não saiam dos pés de Fábio Santos, Danilo e Sheik. Com Jorge Henrique isolado na ponta-direita, sem uma referência na área, a equipe do Parque São Jorge chega sempre ao ataque, mas não sabe o que fazer, da intermediária em diante. 

Nesse esquema, Alex é muito mal aproveitado, estando perdido, sem saber onde se posicionar, sendo uma preocupação a menos para a defesa adversária. Bastava uma referência em seu lugar, fosse William ou Élton, para a equipe ter o domínio da intermediária de ataque. Pois, assim, haveria uma cautela vascaína quanto às subidas de seus volantes.

Na segunda etapa, com sua livres saídas de bola, o Cruzmaltino acordou para o jogo. Ou, pelo menos, se propôs a isso. Já não é mais surpresa a capacidade que tem Cristóvão de atrapalhar o andamento da equipe.

A organização foi o fator mais preponderante para que os dois times chegassem onde chegaram, mas não basta. É preciso agressão, desejo de vencer. Hoje, isso esteve longe de São Januário.

Organizados, porém medrosos, Vasco e Corinthians fizeram um jogo feio. No máximo, duas chances claras de gol. Algo bem aquém do que se pode esperar.

Empate justo. Se foi bom para alguém, eu realmente não sei.

Jogo ruim, mas com atuações individuais que não decepcionaram. Os 22 em campo buscaram fazer por onde, tentaram se impor.

Assim, obviamente, chegamos aos culpados.

@_LeoLealC

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