02 setembro 2011

O bonde parou na esquina. Acabou o brilho?

Tudo bem que vivo batendo na tecla de que o Campeonato Brasileiro é o mais disputado do Mundo, que todas as rodadas e todos os jogos são imprevisíveis e que ninguém nos barra em termos de emoção. Entretanto, as vitórias do Flamengo vinham sendo as mais esperadas, tamanho futebol apresentado no andamento da competição.

Ronaldinho sendo até o momento o craque do campeonato, Júnior César resolvendo o problema da lateral esquerda, Alex Silva resolvendo o da zaga, lua de mel com a torcida, vice-liderança. Fatores que colocavam o Rubro-Negro como o time da moda.

E foi aí que começaram a aparecer lesões, suspensões. E foi aí que Léo Moura começou a ter um futebol irreconhecível, que Botinelli mostrou não ter condições de ser titular, que ficou escancarado que não há como uma zaga com Wellinton e Angelim consiga ser bem sucedida. Foi aí que o time tomou noção de que é totalmente dependente de R10.

Para se ter uma ideia, quando o Fla venceu seu último jogo pelo Brasileirão, a Líbia ainda não havia sido dominada pelos rebeldes, o filho de Neymar ainda não havia nascido, a novela Insensato Coração ainda estava no ar, Ronaldinho ainda não sido convocado para a Seleção e a temporada do futebol europeu ainda não havia retornado.

A última vitória foi no dia 06 de agosto, quando Jael entrou para garantir o placar de 1 x 0 sobre o Coritiba no Engenhão. De lá pra cá, um empate contra o Figuereisense num jogo que já estava praticamente ganho, uma derrota pornograficamente humilhante para o Atlético-GO por 4 x 1, um empate contra o Internacional, outro contra o Vasco, num jogo onde o Rubro-Negro passou sufoco nos 90 minutos, e uma derrota para o fraco Avaí, num jogo onde a equipe jogou um futebol medíocre, fazendo lembrar o Flamengo de 2010.

Com a sequência ruim de resultados, o Fla foi ultrapassado por Vasco e Botafogo, que vem jogando o melhor futebol do campeonato, e caiu para a quarta colocação, com um pé fora do G4.

O segundo turno está aí, e não adianta de nada ter um bom começo se o final for vexatório como foi o do primeiro turno.

A lição está aí. Não pode ser Robin Hood. Não adianta roubar dos ricos para dar aos pobres. Não adianta vencer Santos, Cruzeiro, Grêmio, Fluminense e São Paulo e perder pontos para Atlético-GO, Avaí, Ceará, Bahia e Figueirense. É necessário que se tenha regularidade, o que é essencial para uma boa campanha.

Ainda tem muito campeonato pela frente. Tempo de sobra para o Flamengo se recuperar da má sequência. Para isso, é necessário que saiba jogar sem Ronaldinho, que pare de perder pontos para times e menores e principalmente que aproveite o fator campo, pois a campanha fora de casa ainda é impecável.


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